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Um debate sustentável, democrático e midiático em Roraima

A definição do que é sustentabilidade possui um valor inquantificável. O Brasil é terra de samba, e também de movimento indígena, saberes amazônicos, piscicultura, agricultura familiar e muito mais. Roraima não fica atrás e condensa, de forma maximizada, essa colcha de retalhos resiste e traz pluralidade para a identidade local. Aqui no Estado há muito o que debater sobre a sobre sustentabilidade e democracia, principalmente quando se trata do jornalismo. E para explanar este assunto, complexo e extenso, como defesa da biodiversidade e sociodiversidade, a reportagem entrevistou para o segundo eixo, o jornalista Simão Farias, ambientalista e professor da Universidade Federal de Roraima e o acadêmico de comunicação Willians Dias.


Formado pela Universidade Federal da Paraíba, há quase 19 anos, Simao Farias e professor na UFRR desde 2004. O comunicador é líder de pesquisa Mídia Conhecimento e Meio Ambiente - Olhares da Amazônia, um grupo que se preocupa em desenvolver produções artisticas, cientificas, de maneira geral e tem a preocupação com a cobertura jornalística ambiental, e também no cinema.


-Simao Farias, professor na UFRR



“A mídia passou a ter um cuidado maior com relação aos temas ambientais. Existe uma rede de jornalistas ambientais no Brasil, com professores e pesquisadores que estão engajados para melhores. Nós, enquanto pesquisadores identificamos alguns problemas que precisam ser reconhecidos e melhorados”, destacou.


Para Farias, e necessária uma cobertura educativa. E é papel dos conglomerados jornalistas compreenderem que os que mais sofrem com essas problemáticas de crises ambientais e climáticas são os mais pobres, animais e ecossistemas naturais.


“A pauta ambiental se ampliou, em alguns artigos científicos identifico a questão econômica em detrimento da questão ambiental, social principalmente. Como diz Edgar Morin vivemos uma policrise e precisamos enxergar isso de forma complexa através de um jornalismo interpretativo, investigativo que reconheça a cobertura das causa e consequências dos problemas ambientais, sem esquecer das soluções para que a crise não se repita com tanta frequência”, explicou o jornalista.


POSSÍVEIS SOLUÇÕES


Conforme o especialista, biodiversidade, sustentabilidade e meio ambiente são temas que devem ser desenvolvidos em duas frentes, a primeira partindo de dados ambientais a soluções sustentáveis.


“Aqui em Roraima por exemplo, as maiores problemáticas, são queimadas, desmatamento e garimpo. As que mais afetam nossas comunidades. E por outro lado é importante apresentar os pontos positivos onde podem ser apresentadas as soluções sustentáveis. Nesse sentido a consciência passa pela educomunicação ”.


NOVA GERAÇÃO DE PESQUISADORES



-Willians Dias, acadêmico de Comunicação Social da UFRR


De acordo com o acadêmico de Comunicação Social da UFRR, Willians Dias, a temática sobre garimpo no Estado foi um dos motivos para participar do grupo de pesquisa ambiental.


“O garimpo ainda é muito presente aqui, e as comunidades são as mais afetadas com esse problema. O mercúrio, que é uma substância usada na mineração prejudica os rios e lençóis freáticos nas Terras Indígenas e pouco se fala sobre isso, as pautas são voltadas para o viés econômico. e este tema também será trabalhado no meu Trabalho de Conclusão de Curso”, contou.


SOBRE A PAUTA



Imagens de satélite analisadas pela Planet Labs, empresa americana que mantém mais de cem satélites em órbita e fazem fotografias diárias de todo o globo, foram avaliadas pela BBC News Brasil e revelaram nos últimos meses a expansão dos focos de garimpo ilegal em Terras Indígenas em Roraima.


O monitoramento mostra o avanço da atividade desde janeiro deste ano, depois que o Exército desativou as bases de proteção nos Rios Uraricoera e Mucajaí, as principais entradas para a Terra Indígena Yanomami (em Roraima e no Amazonas).


Hoje, a região abriga os povos Yanomami e Ye’kwana, além de 96.650 km² de florestas protegidas e 43.614 km de rede de drenagem (rios e igarapés*)


APÓS DENÚNCIAS


O líder indígena xamã Davi Kopenawa foi um dos ganhadores do prêmio Right Livelihood Award de 2019, conhecido popularmente como o “Prêmio Nobel Alternativo”. Conforme a entidade, o prêmio considera a “corajosa determinação de Kopenawa em proteger as florestas e a biodiversidade da Amazônia, e as terras e a cultura de seus povos indígenas”.

Ele irá receber o prêmio em dinheiro no valor de 103 mil dólares.


O Right Livelihood Award, concedido anualmente, foi criado pelo sueco-alemão Jakob von Uexkull para premiar pessoas que oferecem soluções práticas para os desafios mais urgentes do mundo atual.

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